Retalhos de Férias - porto santo
"Falávamos do tempo, mas com prazer, não porque não tínhamos outra coisa para falar." Eram conversas muito interessantes. Mas era o tempo que não queria nada connosco, ficou na dele, sempre com aquela cara feita de nuvens escuras todas enrugadas como se estivesses tão furioso que todos os músculos da sua cara se contraíssem formando grandes e robustas rugas. Mas mesmo sem o tempo, os dias eram belos. Aproveitando o refugio do sol, brincada desenfreadamente ginasticava para aqui, saltos para ali, cambalhotas para aqui. Sem grande escolha o areal acabava por entrar na brincadeira criando mini falésias de 20 centímetros de areia que à mínima pressão desmoronavam-se, criando um efeito muito bonito.
Entretanto lá ia havendo umas abertas e as nuvens escuras eram empurradas pelo vento, que esteve sempre presente, ficavam então, apenas umas pequenas nuvens, estas brancas, que brincavam ao faz de conta com a relva que olhava para cima sempre a tentar adivinhar os animais, flores, ou mesmo coisas que as brincalhonas das nuvens "encarnavam". As nuvens eram bastante brincalhões, aliás, ninguém diria que eras era feitas de paz e tranquilidade, purificando as almas perdidas.
Entre esta animação toda ainda havia os lagartos, os cactos e as rochas. Que nunca se separavam. A rocha era como os pés, a estabilidade. Os cactos, o corpo que se elevava e protegia a alma de qualquer perigo exterior. Esta alma, era por fim o lagarto, onde um pequeno coração palpitava abundantemente. pum pum. pum pum. pum pum. pum pum.