Voava borboleta colorida, voava por um campo, pelo verde. Voava livremente sem medo, dona de si. Dona do mundo. Era pequena, era forte, era bonita. A natureza admirava-a, a natureza sustentava-a. Borboleta feliz entrega-se ao amor, conhece o coração. Nisto, num dia de Verão, surge um pequeno ser pequeno, pacato mas muito promissor. Pequeno bicho, rasteja para se deslocar, rasteja para comer, rasteja para viver. Mas lagarta desenrascada, farta de ser arrastada decide mudar. Cria um casulo, sem cor, imóvel, estático. Enquanto aquela borboleta colorida continua sua viagem, deixando este espectáculo para trás. Pois o casulo engana, e a borboleta, como muitos equivocada, julgou mal a sua aparência. Este casulo pouco promissor, vive, ama, e sente. transforma, evolui, cresce! Este casulo é energia. Do casulo sai uma nova borboleta mais bela que a anterior, mais viva que a anterior, maior que a anterior. Melhor que a anterior. Nova borboleta livre. Voa encantando qualquer um, com o sopro da mudança, com o vento da bonança.