Vigésima quinta história
Ao relembrar tudo, o seu coração comprimia de tal modo que lhe causava uma estranha sensação no peito. Uma enorme angustia. Foi aí que Mercedes aprendera a viver com o arrependimento.
Apesar de se tentar conformar à ideia de não ter aproveitado ao máximo a oportunidade que a vida lhe oferecera; por vezes, Mercedes deixava-se sonhar e viver por um dia na terra do “se” e pensar em milhares de diferentes desfeches para a sua quase história de amor. Nesses dias era feliz, embora soubesse que tudo fosse feito de efémera magia sentia-se confortável e segura. Mas quando os sonhos acabam e acordamos, temos de ter o dobro da força para nos voltarmos a acostumar à realidade e a esta nova sombra que já faz parte de nós, o arrependimento.
Mercedes, apesar das enumeras teses e teorias que já elaborara para explicar o colapso daquela relação, nunca se perdoara por uma única e simples coisa. O facto de por medo, insegurança ou receio da rejeição nunca ter conseguido expressar estas curtas mas tão poderosas quatro palavrinhas, na mesma ordem: “Eu gosto de ti.”. Depois, tão rápido como o desenrolar de uma serpentina de carnaval, mil memórias vêm lhe à cabeça. E depois apercebe-se da ironia do amor: sem aquele rapaz na sua vida, fantasia em inúmeros diferentes finais para a inacabada história que tiveram em comum; quando tudo o que queria estava à distância de lhe dizer aquela simples frase, vivia atormentada especulando sobre a sua reacção, amedrontada com um possível não.
Apesar de se tentar conformar à ideia de não ter aproveitado ao máximo a oportunidade que a vida lhe oferecera; por vezes, Mercedes deixava-se sonhar e viver por um dia na terra do “se” e pensar em milhares de diferentes desfeches para a sua quase história de amor. Nesses dias era feliz, embora soubesse que tudo fosse feito de efémera magia sentia-se confortável e segura. Mas quando os sonhos acabam e acordamos, temos de ter o dobro da força para nos voltarmos a acostumar à realidade e a esta nova sombra que já faz parte de nós, o arrependimento.
Mercedes, apesar das enumeras teses e teorias que já elaborara para explicar o colapso daquela relação, nunca se perdoara por uma única e simples coisa. O facto de por medo, insegurança ou receio da rejeição nunca ter conseguido expressar estas curtas mas tão poderosas quatro palavrinhas, na mesma ordem: “Eu gosto de ti.”. Depois, tão rápido como o desenrolar de uma serpentina de carnaval, mil memórias vêm lhe à cabeça. E depois apercebe-se da ironia do amor: sem aquele rapaz na sua vida, fantasia em inúmeros diferentes finais para a inacabada história que tiveram em comum; quando tudo o que queria estava à distância de lhe dizer aquela simples frase, vivia atormentada especulando sobre a sua reacção, amedrontada com um possível não.
"Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou"
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou"
Tom Jobim