terça-feira, março 24, 2009

Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver.

quarta-feira, março 11, 2009

tempos de mudançatempos de bonança. onde stão os tempos de bonança? só vejo e sinto e sinto a mudança, a pressão da mudança, a escolha. Escolha e decisões, tudo me atropela e baralha sinto-me numa encrizilhada todo trocada. Sempre soube quem fui, que sou e quem seria, agora já nem sei o que fui, muito menos o que sou e o que serei. deixarei-me voar com a força do destino porque passei toda a minha vida a fazer planos e o tapete sempre em fugiu debaixo dos pés. Para quê planear se não sei o que quero? para quê planear se nao sei o que vou querer? quero tempo para parar, exprimentar e navegar com leme assente. o meu barco boia e desliza das ondas da vida sem aternaiva. Quero parar, mas o mar está sempre a borbulhar, as ondas põem-me zonza. Fecho os olhos, já não quero saber vou imaginar um mundo melhor, ou simplesmente ver negro, não ver nada, não pensar nao me chatear. agora nao vejo, não penso, mas ainda sinto ainda me sinto zonza aida mais zonza. Abro os olhos, já penso. penso que nao quero pensar. Mas quero, porque de que vale a vida se não for vida seja pelo raciocinio ou pela emoção, ou na melhor das hipoteses pelos dois. As coisas têm de ser sofridas para terem valor. Isto é o que eu acho, não o que eu quero. porque este sofrimento não doi, não cansa mas satura, porque sabemos que estamos na arena grega, em que temos de passar pelos leões e pelo fogo mas sabemos que no fim vem o gladiador e acaba. Vencemos ou morremos, mas não temos medo porque acaba. Aqui não vejo o vim não sei quanto tempo vou pensar que não quero pensar, não sei por quanto tempo vou sentir o meu cérebro a latejar. Quero descançar. Mas também quero alcançar os meus sonhos, e para isso terei de trabalhar. Mas e se nunca os alcançar, ficarei frustada? Continuarei? Pararei? - Disse ela.
Não quero parar de pensar, só quero ver os louros e descançar. - Pensou ela.

segunda-feira, março 09, 2009

trigésima primeira história. episódio quatro.
Amélia já estava na prisão à cerca de 199 dias, já perdera a conta certa. A única coisa de que tinha certeza era que ao ducentésimo dia de pena era livre. Liberdade que muito outros queriam. Outros sim, ela não. Fugitiva da sua própria casa, e sem a sua única ambição - o eléctrico - já nada a movia. Parada na prisão que estava, por mais estranho que parecesse, ali sentia-se confortável. Era frio, a luz que se fazia sentir era amarela, e acima de tudo havia ferro e madeira. Era o mais parecido com o eléctrico que conseguia arranjar! Assim, no dia em que lhe foi cedida a liberdade, Amélia não queria abandonar a prisão. Perdera a sua casa pelas 6 rendas que não pagou. Na casa dos seus pais sabia que não era bem-vinda e desde que saiu de lá nunca mais soubera nada deles, nem eles dela. Era uma só num mundo grande percorrido por carris do eléctrico. Foi exactamente neste raciocínio depressivo que fez a grande resolução da sua vida! Se aguentara 200 dias numa prisão sob condições precárias aguentaria muito mais, desde que, estivesse feliz. Então, pegou na sua mala, onde a única coisa que lá valia era o recorte com o reclame do eléctrico em leilão e fez-se ao caminho.
A partir desse dia, Amélia foi viver para os carris do eléctrico, onde, sempre que queria a sua casa levava-a até aos mais longíquos destinos. À noite os carris eram só seus e de dia podia contemplar a beleza dos eléctricos que passavam de lá para cá e de cá para lá. Era feliz.

domingo, março 01, 2009

segunda história trigésima


Era uma vez um copo de água muito infeliz porque tinha
pouca
sorte teve a rapariga por não saber aonde se estava a
meter
lá dentro qualquer coisa. Ainda assim continuava
azul
, amarelo, verde, vermelho, branco, preto, pouco contraste,
muito gordo. Ele era obeso! Mas tinha muitos amigos
todos
os seus amigos já a tinham avisado que não se devia meter
em principio lá na montanha chovia sempre nas manhãs de
Agosto
que era o mês mais problemático, atendendo ao tempo livre
que bonito era aquele pôr do sol! Admirado, Oliver
chorava
, porque todos a tinham avisado dos problemas que aquela relação teria trazido.



Sentadas no largo falavam sobre as coisas mais inóspitas da
vida, sem saberem que alguém estava a ouvir todos os seus
pensamentos, eles continuavam a pensar porque ninguém consegue
parar de pensar e eles nem desconfiavam que tivessem
tão pouca sorte no que toca àqueles assuntos ranhosos
que não falavam sobre nada, mas sobre tudo o que eles
mais queriam era voar, e os outros sabiam-no bem,
também queriam querer voar, mas esta espécie não tinha
essa capacidade, ficavam apenas pelo fundo do mar e
à beira da praia a olhar para o céu, esperando esse dia.



Inês T e Inês R, obrigada.