tempos de mudançatempos de bonança. onde stão os tempos de bonança? só vejo e sinto e sinto a mudança, a pressão da mudança, a escolha. Escolha e decisões, tudo me atropela e baralha sinto-me numa encrizilhada todo trocada. Sempre soube quem fui, que sou e quem seria, agora já nem sei o que fui, muito menos o que sou e o que serei. deixarei-me voar com a força do destino porque passei toda a minha vida a fazer planos e o tapete sempre em fugiu debaixo dos pés. Para quê planear se não sei o que quero? para quê planear se nao sei o que vou querer? quero tempo para parar, exprimentar e navegar com leme assente. o meu barco boia e desliza das ondas da vida sem aternaiva. Quero parar, mas o mar está sempre a borbulhar, as ondas põem-me zonza. Fecho os olhos, já não quero saber vou imaginar um mundo melhor, ou simplesmente ver negro, não ver nada, não pensar nao me chatear. agora nao vejo, não penso, mas ainda sinto ainda me sinto zonza aida mais zonza. Abro os olhos, já penso. penso que nao quero pensar. Mas quero, porque de que vale a vida se não for vida seja pelo raciocinio ou pela emoção, ou na melhor das hipoteses pelos dois. As coisas têm de ser sofridas para terem valor. Isto é o que eu acho, não o que eu quero. porque este sofrimento não doi, não cansa mas satura, porque sabemos que estamos na arena grega, em que temos de passar pelos leões e pelo fogo mas sabemos que no fim vem o gladiador e acaba. Vencemos ou morremos, mas não temos medo porque acaba. Aqui não vejo o vim não sei quanto tempo vou pensar que não quero pensar, não sei por quanto tempo vou sentir o meu cérebro a latejar. Quero descançar. Mas também quero alcançar os meus sonhos, e para isso terei de trabalhar. Mas e se nunca os alcançar, ficarei frustada? Continuarei? Pararei? - Disse ela.
Não quero parar de pensar, só quero ver os louros e descançar. - Pensou ela.