a essência da história de amor
Todos os corações, a partir da primeira vez que começam a bombardear o sangue pelas veias, sabem que o seu objectivo é manter um batimento cardíaco continuo. Esse objectivo é, nem mais nem menos, que um chamamento para o seu coração correspondente, assim continuam a bater incansavelmente até ao dia em que o encontram. Aí, o batimento cardíaco acelera loucamente, como que uma celebração; até ao dia em que acalma e continua num batimento mais calmo, transmitindo apenas a sua presença ao coração companheiro.
Mas, por vezes, os corações são calados e entalados pelos outros órgãos. E enganados pelos olhos. Parte atenta e analisadora do corpo humano, procura, ao contrário do coração, o belo em vez do certo. Mas os olhos mantêm uma ligação directa à cabeça e é na cabeça que são arquivadas e arrumadas todas as memórias, tornando assim supérfluo o acto de olhar repetidamente. É neste momento, quando os olhos se fartam de ver sempre o mesmo belo, e as pálpebras descem como a cortina de um teatro; que o coração, embora escondido, tem sempre razão.
Mas, por vezes, os corações são calados e entalados pelos outros órgãos. E enganados pelos olhos. Parte atenta e analisadora do corpo humano, procura, ao contrário do coração, o belo em vez do certo. Mas os olhos mantêm uma ligação directa à cabeça e é na cabeça que são arquivadas e arrumadas todas as memórias, tornando assim supérfluo o acto de olhar repetidamente. É neste momento, quando os olhos se fartam de ver sempre o mesmo belo, e as pálpebras descem como a cortina de um teatro; que o coração, embora escondido, tem sempre razão.
1 comentário:
Gostei muito, tal como acontece sempre. Contudo discordo de uma coisa.... Aliás não discordo, tenho apenas outra visão que pode não contrariar a tua totalmente.
Que o "coração tem (…) sempre razão" é um facto, agora a cerca “embora escondido”, eu sou da opinião de que o coração nunca se esconde. Por mais que os órgãos misturados confusos e misturados com palavras tentem escondê-lo, para um verdadeiro observador, nunca está esse escondido. Acho que quando estamos na fase em que o coração bate por outro coração não conseguimos vê-lo mas apenas sentir. O problema é quando o sentimento não corresponde com aquilo que queremos mostrar.
Um pouco de filosofia afonsina. Peço-te imensa desculpa por este comentário, beijinho
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