quinta-feira, dezembro 28, 2006

Já tenho saudades de escrever no meu querido blog. Primeiro pensei em escrever sobre o Natal, mas depois dei por mim a pensar que o Natal significa tão pouco para mim e este ano foi tão pouco vincado da sua magia que achei que escrever sobre ele não iria ter o mínimo significado. por isso decidi passar o natal e escrever sobre outra coisa qualquer. Mas o que ei de escrever? outra história? por mais que goste de as escrever acho que não nos devemos habituar as coisas porque passado um pouco o tédio e a monotonia apoderam-se de nós e alem disso, acredito fortemente que nada, ou quase nada dura para sempre. Porque é que as histórias haveriam de durar? Bem, também me ocorreu escrever sobre números especiais, como o 13 ou 7 porque se escrevesse uma história seria a sétima. mas, estupidamente, a minha imaginação não está muito alargada e não sei bem que historia poderia imaginar. Ou quando fui à rua, e estava cheia de velhotes a passear e pus-me a imaginar as suas vidas para além daqueles passeios, mas depois percebi que já tinha escrito sobre isso no autocarro.

Depois de tanto tempo sem ideias, percebi que o que me fascina são as pessoas e as suas relações, e é por baixo d tantas histórias que o demonstro. Mas, no fundo todos vivemos com elas todos os dias. Uns dias ficamos felizes porque temos o/a melhor amigo do mundo, porque nos orgulhamos das nossas escolhas - os nossos amigos. Ficamos felizes porque alguém nos surpreendeu pela positiva porque sabe bem saber que somos pessoas interessantes para outras pessoas que nós também achamos interessantes. Por outras vezes, desiludimo-nos brutalmente com as pessoas de quem gostamos, ou elas connosco e aí fica um sentimento triste, raiva, ódio e desilusão. Outras vezes a irritação apodera-se de nós porque não compreendemos as outras pessoas. Outras vezes cobiçamos conhecer alguém que nem conhecemos, ou esquecer alguém que tão bem conhecemos e queremos. Acho que podia ficar nisto horas. "Isto" é um mundo. O mundo das pessoas, e de tantas questões que mexem imenso comigo. Porque neste mundo perco-me e sinto-me sempre "sem pé".
Bem, pelos vistos escreve, quase sem crer sobre as pessoas, eu gosto bastante de pensar sobre elas porque tenho um pouco de dificuldade em entregar-me e talvez assim sinta que é mais fácil. Acredito que cada um tenha as suas dificuldade por vencer, e pensar sobres elas e um forma, tão boa como as outras.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Sexta história

Para seu último espanto o que diziam parecia verdade. Naquele último momento Luísa estava a reviver todos os momentos na sua vida, como se fosse um filme:
Via-se em criança correndo na quinta dos seus pais com aquele vestido que gostava tanto, recordava-se perfeitamente daquele dia, era o seu quinto aniversário e o vestido tinha-lhe sido oferecido pela sua Tia, naquele dia estava mais brilhante que sempre e ainda tinha aquele cheiro que ela adorava!
Via o seu primeiro dia de escola, a cara de todas as pessoas, até das que já nem se lembrava.

Via o seu primeiro beijo.

O dia em que sujou as suas cuequinhas com a primeira menstruação. Grande susto, via-se a chorar na casa de banho durante horas ate a mãe a encontrar e lhe explicar que era normal.

Via o dia em que chorou a morte precipitada da sua querida mãe. Parecia que finalmente iria ter com ela.

Via o dia em que acabou o liceu e que o seu nome apareceu no quadro de honra.

A viagem de finalistas, a sua primeira vez com um tal rapaz chamado Gonçalo, já não se lembrava de quão bonito ele era.

Via a faculdade, a sua primeira casa, o seu casamento, o nascimento de todos os seus filhos, a abertura da sua empresa.

Ouviu com gosto o dia em que se habituou ao nome de "avó Luísa". E depois disto o risos dos seus netos.

Chorou mais uma vez o dia em que soube da sua doença.

E voltou a si, inspirou fechou os olhos. sabia que tinha chegado o momento, estava num êxtase de curiosidade, receio, medo e saudade. A morte é das poucas coisas que continua na ignorância do homem.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Fecho os olhos, deixo-me levar por este vento que congela os dedos e as faces, afinal, estamos no inverno! Este vento empurra, conduz-nos, leva-nos por um caminho sem sequer nos darmos conta. Vou andando, a pensar ou mesmo sem pensar. Vou correndo em competição com as folhas que voam ao nível dos meus pés, que dançam entre os meus passos e que após um rodopio voltam a cair. Vou reparando em cores, em sorrisos, apenas para libertar os meus pensamentos da mais horrível verdade. Vou andando, porque não quero parar, procuro um lugar seguro que parece nunca chegar, um lugar confortável rico em paz e harmonia.

Quando a pressão atinge o limite cada um tem a sua reacção, a dela, embora rara, é uma derrota numa luta eterna, travada com as lágrimas. Estas sem possível impedimento escoriam-lhe pela cara, os músculos contraem-se ,a respiração torna-se descontrolada, o nariz entupido, os ouvidos e a cabeça doem. E numa tentativa de inspirar solta um grito tão silencioso e abafado. A confusão na sua cabeça é enorme, quanto mais a tenta organizar, pior fica. novas perguntas saltam ao inconsciente entrecaladas por um eterno "porquê?".

domingo, dezembro 10, 2006

Porto

Após uma longa viagem, chegámos. Porto Campanhã!
Entre abraços, saudades, risos e beijinhos. Passeamos por aquela bela cidade. Confesso que gosto muito daquela cidade; as cores cizentonas de onde os amarelos sujos e os brancos reflectem as cores. Não sei explicar é bonita, cheia de altos e baixos, pessoas, caminhos, ruas escuras, prédios bonitos e velhotes que por isso mesmo têm aquele encanto da sua plena simplicidade! Sentámo-nos e já tão presente guitarra aqueceu o lugar entre dias que passam, lírios e jeremias, lanchámos. Depois fomos para os comboios, debaixo de uma pequena grande chuvada recordamos tarde quentes e risotas, as primeiras impressões, aquelas ruas, aquelas "lavandarias", aquele lugar. Surpreendemos dezasseis salvas de palmas! De baixo do luar rimos, cantamos, gozámos e fomos gozádos. Celebrámos. E "a aldeia adormeceu". Em Gaia uma rica ceia e um sono magnífico - afinal estávamos em casa. No dia seguinte, bastante atrasadas fomos almoçar, foi um almoço engraçado com algumas aventuras e desventuras! Debaixo de uma chuva de gargalhadas cantámos em São Bento, arranjamos amigos e rimos de vergonha ou disto a que chamamos amizade. Loucos, fomos nesse tal combóio como fugitivos, mas com a desculpa da saudade, partiram três comboios, partiram três amigos, outros ficarão mas essa parte eu já não sei.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Quinta e meia história

24 de Dezembro, dez na noite. Rodrigo acaba de se deitar, mas não vai dormir até à meia noite! Vai ser este ano que vai apanhar o Pai Natal! As expectativas de Rodrigo estão totalmente vagas, é impossível saber se irá receber o fabuloso carro que anda a pedir à tantos dias ou a plasticina! A partir disto começa uma lista enorme, sem fim. E um sorriso cada vez maior na cara de Rodrigo, está ansioso, nervoso até. Espera tudo, e ao mesmo tempo nada. Esta espera matava-o aos poucos, de uma maneira lenta, num luta árdua entre abrir os olhos cada vez mais pesados. Em pouco tempo o sono apodera-se dele, num sobressalto abana a cabeça. Não sei ia deixar dormir! Era aquele ano... Era na...que...le a..no que iri...a ver o Pai... Na... E adormece, profundamente. Viaja até ao Pólo Norte e até ao colo da mãe. Viaja durante horas e acorda ainda mais vivo e ansioso do que quando se deitou.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Quinta história

Histórias de Autocarro

Era um autocarro normal, todos os dias fazia a mesma volta para frente e para trás. Todos os dias levava imensas pessoas: umas altas; umas baixas; umas velhas, outras novas; loiras, ruivas e morenas; porcas ou limpas; tristes ou felizes; apressadas ou ensonadas. Enfim, muitas coisas e pessoas já tinha visto aquele velho autocarro.
De tantos anos que tinha o autocarro já conhecia os seus passageiros um por um:

A Dona Arminda Lopez todas as quintas feiras entrava no autocarro às duas da tarde. Trazia sempre uns grandes óculos escuros ou um chapéu. A Dona Arminda era uma fugitiva. Uma fugitiva da monotonia da sua vida de uma simples reformada. Por isso viajava todas as quintas feiras disfarçada com receito do azar a surpreender e se cruzar com o seu marido numa destas vidas. A Dona Arminda passava os dias a fingir que era feliz a fazer bordados e cozinhados, e o seu marido não tinha quaisquer razões para desconfiar, aqui entre nós, a Dona Arminda representava o seu papel tão bem que era merecedora de um Óscar. Arminda só era feliz em dois casos: quando os seus netos a iam visitar, coisa que já acontecia com pouca frequência, tinham as suas vidas e raramente tinham oportunidade de aparecer na casa da avó. Quando lá iam a Dona Arminda transbordava de uma felicidade genuína, contava-lhes histórias da sua infância, contava-lhes histórias da sua meninice e do seu casamento, viam fotografias, lanchavam e os netos contavam-lhe também as suas histórias; ou quando ela lá fugia da sua casinha dizendo que ia às compras ou tomar chá com as amigas e entrava no autocarro. O seu olhar observava intensivamente, por vezes até de mais, os passageiros. Absorvia todo aquele retracto, as formas dos corpos, as cores, as linhas, as texturas. Inspirava-se naquela viagem para as duas horas da tarde de quinta-feira pelas quais ela esperava a semana inteira. Eram aquelas duas horas que a mantinham viva e jovem. No fundo aquele era o seu elixir a vida! Eram aquelas duas horas onde aprendia a colorir a sua vida. Onde coloria tudo. Onde aprendia a colorir. Onde aprendia a pintar. A Dona Arminda Lopez todas as quintas feiras entrava no autocarro às duas da tarde, com uma grande pasta onde levava os seus papeis, tintas e pincéis e lá ia ela para as suas aulas de pintura.

Ana Maria Ramada, bailarina de ballet no conservatório de Lisboa, usava o autocarro para ir às aulas. Todos os dias às oito horas da manhã lá estava ela com a sua sacola pronta para mais bailados. Voltava todos os dias às oito da noite. O sonho de Ana Maria era ser bailarina profissional e ir especializar-se no estrangeiro, mas para tal ela tinha de se empenhar. Tinha um exame na semana seguinte, e via-se perfeitamente que andava a exigir demasiado dela, deixando marcas evidentes de cansaço. Ana Maria chegava a casa todos os dias por volta das oito e meia. Ainda antes de jantar ela treinava uma hora. Mas nessa noite ela não ia poder treinar. O seu rádio tinha-se estragado e isso tinha-a deixado muito triste e desgostosa, o exame estava cada vez mais próximo e para Ana Maria, por mais que treina-se nunca estaria preparada. E nesse momento Ana Maria acorda com um solavanco do autocarro, a sua paragem era na próxima! Av. de Roma mesmo em frente a sua casa o número 56.

Pedro Xavier era a terceira vez que viajava naquele autocarro. Na primeira viagem ia bastante nervoso, estava esperançoso que aquela vez que fosse a ultima casa que via. Estava farto de andar à procura da casa ideal, numa zona central Av. Roma n.º 56, uma casa com uma sala e portas bem largas onde coubesse o seu piano, o amor da sua vida. Na segunda viagem, via-se que ele estava bastante aliviado e feliz. Tinha adorado a casa e o senhorio tinha aceite o preço concordado só tinha de combinar mais um encontro para tratar da escritura e... a casa seria sua! Mas podia esperar, sem se aperceber os seus dedos viajavam no ar de felicidade como se todo o banco da frente fossem teclas de um enorme piano! Desta terceira vez Pedro ia fazer a sua primeira visita depois das pequenas obras que fez na casa, ia ver, observar, cheirar, imaginar os móveis e mais que tudo, ia tocar piano, porque certificou-se de que o sue piano iria ser a primeira coisa que iria entrar na sua casa. Finalmente chegou, saio do autocarro, já era bastante tarde quase nove da noite, mas ele não se importava só queria ir ter com o seu piano e tocar, tocar, tocar. A correr abriu a porta e correu para a sua casa, abriu a porta e aproximou-se do piano. Não este para meias medidas, tocou muito e bem alto! Estava feliz e queria partilhar a música com todo o mundo. (Não foi só a música que partilhou, partilhou também a felicidade coma sua nova vizinha que lhe ficou eternamente agradecida por aquele recital).

João Santos entrou quase sem folgo depois de uma corrida para conseguir apanhar o autocarro. Embora mais que triste João sentiu um calor de satisfação, estava a caminho de casa. Contra a sua vontade as lágrimas venceram uma luta que já durava à duas horas, e caíram-lhe dos olhos. Pela primeira vez João chorava com dor, ver o seu amigo numa situação como aquela fez-lhe uma enorme confusão, ainda não conseguia acreditar. Relembrava o episódio que se tinha passado à nem trinta minutos. Estava ele o Tiago e Mariana, a namorado do seu amigo, quando nisto aparecem mais uns dez homens que começaram a espancar o Tiago, João ainda tentou ajudar Tiago, mas 4 desses 10 agarraram nele e em Mariana travando qualquer investida. Em menos de dez minutos Tiago estava completamente imobilizado e espancado no meio do chão, Mariana chorava. E João possesso de não ter conseguido ajudar o amigo e de o terem deixado naquele estado, chamou uma ambulância, que leva Tiago e Mariana para o hospital onde João combinou ir ter após ir a casa.

sábado, dezembro 02, 2006

No outro dia li esta frase no "nick" de alguém na net.

Lá no fundo do oceano.. o choco, a lula e o lagostim governam.


Confesso que achei uma graça enorme. E a minha imaginação foi logo impossível de travar. Veio-me logo à cabeça as cores da pequena sereia e todo aquele cenário marítimo!

Quarta História

Oceano pacífico, naquele zona entre a Oceânia e a América onde o mapa está cortado.
"No fundo do mar, ao contrário do que os humanos pensam os azuis, os verdes, os azuis esverdeados e os verdes azulados não são as cores predominantes! Essas são as cores da água da superfície. As cores do fundo do oceano são várias, o plânctón reflecte os raios de sol que entram pelo água e dependendo da hora do dia, ou na noite quando existe luar, o plâncton tem uma cor diferente. Na alvorada reflecte os primeiros raios de sol, aquele tom carmim. Já lá mais para meio de dia são de uma amarelo incandescente as cores reflectidas por aqueles milhares de bocadinhos minúsculos de plâncton que navegam pelas águas de todos os mares. Finais da tarde, laranja cor de fogo, vermelhão! Cor da paixão! De noite o mar enche-se de uma maré cor de prata.
Mas não são só estas as cores do mar, ainda existem os variadíssimos peixes coloridos que por lá nadam, e os colorais e algas que lá habitam. Por isso, para aqueles humanos que dizem "só sei que nada sei" e que apesar de saberem isso não se enxergam e dizem com toda a certeza que o mar é azul desenganem-se! De certeza que vocês também não dizem que a superfície é azul e castanha lá por o céu e as montanhas terem essas cores!..." Mais um artigo exagerado do Jornalga - o peixinho que o Peixe Balão lia como todas as manhãs amarelinhas no fundo do mar.
O peixe balão é a personagem principal desta quarta história. Ao contrário das personagens principais de todas as histórias este não tinha nenhum poder especial, ou tamanho dom ou habilidade para qualquer coisas. Não era demasiado bonzinho ou mauzinho. E também não vão descobrir no fim da história que o peixinho mais pacato e simples do fundo do mar afinal vai-se transformar no mais belo ou no mais forte; principalmente porque pouco vão ouvir falar deles, simplesmente esta história tinha de ter personagem principal.
O Peixe balão, apresentava uma forma bolinha e um tom amarelo verde e azul. Supostamente só quando ficava irritado é que crescia o dobro do tamanho graças à sua imunidade de picos que saiam de uns orifícios nas suas escamas, mas na realidade o Peixe Balão não conseguia controlar muito bem os seus picos e por vezes surpreendiam-no nas piores alturas. Era chato.

Não era um peixe muito grande, classe 2. O Peixe Balão trabalhava na gestão. Embora agora estivesse mais focado na parte ambiental, o consumo exagerado de água pelos humanos estava a causar-lhes muitos problemas.
No fundo do oceano, era altura eleitoral. Existiam três partidos: O partido dos corais, o partido cavalos marinhos e um partido novo, um pouco diferente, era uma associação entre o Choco a Lula e o Lagostim. O partido dos corais foi o partido que apostou mais na campanha eleitoral por cartazes, fotografias e panfletos espalhados por todo o lado, os Corais são dos animais mais belos que habitam o fundo do mar e aproveitaram-se disso. Este partido era o mais fútil e preguiçoso de todos, gostavam de os outros trabalhassem para eles, gostavam era de observar o seu próprio reflexo nas esquinas da água e ouvir os outros comentar a sua própria beleza. Passavam o dia sentados nas areias do fundo do mar e nos rochedos submersos. Os seus principais apoiantes, ou melhor as suas principais apoiantes eras as meninas adolescentes deslumbradas pelo mundo da moda. O partido dos cavalos marinhos foi o partido que organizou mais festas e actividades desportivas porque os cavalos marinhos eram atletas e eles são os habitantes marinhos mais enérgicos de todos os oceanos. Este partido não era fútil nem preguiçoso. Mas um pouco bronco, as ciências e literaturas ou artes não lhes interessavam. Para eles o desporto estava sempre a cima de tudo. Os seus principais apoiantes eras os jovens adolescentes, muitos deles companheiros de muitas apoiantes do partido dos corais, esta rivalidade ainda separou alguns casais e provocou muitas desilusões amorosas a vários peixes adolescentes. E Finalmente o partido do choco, da lula e do lagostim, era o partido mais inovador que o mundo do oceano pacífico já alguma vez tinha visto. Principalmente porque eram uma associação multiracional. Nesta altura o fundo do mar era muito preconceituoso. Este partido misturava três peixes, três personalidades, três (por mais pequenos que sejam) cérebros. O choco era um artista, fez a campanha eleitoral toda muito criativa e chamativa, todos comentavam! A lula era uma intelectual, e como tal deu o ar da sua graça ao partido. Prometeu umas quantas bibliotecas (novidade por aquelas bandas), e umas escolas. E o lagostim era um musico cheio de estilos. Por estas três razões este partido agradava a muitos peixes. Por isso os seus apoiantes eram pequenos e grandes artistas compreendedores da artes do Choco, até reles peixes deslumbrados pela oportunidade grátis que a companha eleitoral deste partido lhes proporcionou de conhecerem a arte; eram intelectuais e curiosos amantes do conhecimento e da leitura; e todos os peixes gostavam de música por isso no fundo, a todos agradou o que o lagostim tinha para oferecer.
As campanhas eleitorais foram muito violentas e renhidas, duraram vinte marés.
Após essas vinte marés, contadas uma a uma nos calendários eleitorais onde cada partido riscava maré a maré até ao tal dia! O dia das eleições, o dia depois do dia de reflexão.
Não houve um único peixe do oceano pacifico que não fosse votar nesse dia! A pesca dos humanos nesse dia foi um desastre, "Mas onde raio se enfiaram os peixes todos hoje?" - Dizia um pescador Australiano. O que ele não sabia é que os peixes estavam todos numa gruta debaixo da Oceânia.
O sol já quase se tinha posto quando as urnas fecharam e demorou um dia até todos os peixes saberem quem tinha ganho as eleições.
"o choco, a lula e o lagostim governam." Era a manchete do jornalga - o peixinho no dia seguinte às eleições. Os peixes de todo pacifico estava muito felizes. Imensas longas marés durou o mandato do choco, da lula e do lagostim até um dia em que já muito velhinho o choco morreu e a lula e o lagostim ofereceram o poder político a esta nova geração mais livre e inovadora!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Corri em frente, sempre em frente. Quanto tempo? Não sei. Corri para sempre. Corri pouco. Corri no escuro, contra árvores, contra pessoas, contra-tempos, contra tudo. Corri para fugir. Corri para descobrir. Corri para encontrar. Corri pela vida. Corri pela felicidade. Ou contra a infelicidade. Corri um mundo inteiro. Ou parte dele.

se ainda corro?
não sei.
se vou continuar a correr?
também nao sei.

terça-feira, novembro 28, 2006

Rainha do seu mundo, sonhadora.
Loira, bonita, de lábios vermelho.
Solitária, da vida professora.
Seu amigo, apenas o espelho.

Seu olhar é vago mas centrado.
Menina vencedora.
Vive a vida do outro lado,
Deste, apenas uma presença esmagadora.

Por dentro, tudo se passa
numa viagem eterna.
Por fora, apenas disfarça,
Lá dentro, ela governa!

Dentro dos sonhos
O mundo é seu,
do tamanho dos seus punhos,
Onde ela é o EU.

Lá, existem fadas
Arte é toda sua vida
Todas as coisas foram inventadas
de forma viva e colorida!

A menina prisioneira.
Pula, vive no delírio,
Longe, é uma estrangeira.
Longe do seu próprio imaginário.
Hoje apetece-me imenso escrever um post. Mas também não sei bem o que escrever. Normalmente quando me apetece escrever ou estou tão triste que tenho que desabafar de alguma forma e a organização que necessito para escreve-las ordeiramente serve-me também para as arrumar na cabeça, ou a vida parece-me tão bela que tenho necessidade de o partilhar com as outras pessoas. Hoje, não sei bem qual das duas está mais presente, por um lado as ideias que flutuam na minha cabeça por arrumar não para de se contradizer e entrar em conflitos; por outro estou tão admirada com tantas pequenas coisas novas que me fascinam que é impossível não ficar um pouco feliz.

Pensei em criar uma nova historia, a terceira. mas logo mudei de ideias, porque iria ser uma história pobre pela sua simplicidade porque não retractaria nem mais nem menos do que a vida de um personagem que estivesse com o mesmo estado de espirito que eu. mas depois pensei, no geral, todos estamos com este estado de espirito. umas coisas fazem-nos mais felizes, outras não nos deixam sair da infelicidade... Mas daqui, surgiu-me o desafio de experimentar esta coisa nova, um história difícil, uma história igual a tantas vidas, uma história diferente de todas as outras que já escrevi! Não! Esta história não vai ser uma história vai ser um rascunho, um conjunto de ideias para histórias. Vai ser uma coisa sem nome. Um conjunto de pequenas ideias, que poderiam ser várias histórias. Mas que no fundo todas representam uma história de uma vida.


Terceira História
Rebotalhos de Histórias de tantas outra vidas.

2006, Algures num T2 no centro de Lisboa, Teresa, desfruta das alegrias e desalegrias de uma vida adulta.
Teresa trabalha num escritório, sonha um dia ter o seu próprio negócio, uma escola de dança. Mas ate lá Teresa sabe que tem de começar por trabalhar para os outros para pagar a renda e todos os seus pequenos grandes luxos.
Teresa, estava completamente fascinada com a sua vida totalmente independente. A vida corria-lhe bem ganhava o seu próprio ordenado, chagava-lhe para os seus gastos e ainda lhe sobrava um boa parte para as poupanças. Era bem sucedida nos emprego, até se estava a endireitar com um engenheiro de lá.

Margarida esta a a viver a melhor fase da sua vida, a primeira gravidez. E para melhorar as coisas o seu marido apoiava em tudo o que ela necessitava e era super querido. Estava no sétimo mês de gravidez e até ao dia, tudo parecia estar bem encaminhado, devido ao caso menos provável Margarida ao sexto dia de Novembro descobre que tem uma gravidez de risco! A probabilidade de ao parto só sobreviver um deles é enorme. Num par de segundos a maior razão de alegria de Margarida transforma-se no meu maior tormento.

Jaime, cobaia do grande mágico Le Raul! Jaime é hipnotizado todos os espectáculos, e todos os espectáculos volta a acordar. Todos os espectáculos deixa todos sobressaltados, com aquele olhar perdido que parece que nunca mais vais voltar a encontrar o caminho de regresso. Com aquele olhar vidrado que nos boqueia qualquer percepção de sentimentos, ou emoções. Jaime, transforma-se num vazio enorme. Jaime, perdesse.

domingo, novembro 26, 2006

Segunda História
Artur era um rapaz e 15 anos, normal, igual aos outros. Tinha entrado este ano numa escola nova, estava em Economia, mas ia-se safando bem, tanto nas aulas como nos amigos. Era um rapaz engraçado e todos lhe achavam imensa piada.
Havia um rapariga lá na escola que interessava especialmente a Artur, era a Madalena da outra turma. Ela era a rapariga mais bela que ela já tinha visto na sua vida inteira; adorava o seu sorriso, transbordava felicidade! Mas esta admiração, infelizmente não era mutua e isso deixava Artur muito desgostoso. Por mais que ele se esforçasse não conseguia cativar a atenção de Madalena. E quando por acaso se deparava numa situação em que tivesse de manter conversa era incapaz, nada lhe vinha à cabeça. Esquecera tudo o que já tinha ensaiado vezes e vezes sem conta em casa pelos corredores. Nesses momentos, Artur bloqueava, não conseguia ser natural, não artificial, simplesmente ficava petrificado em frente dela, perdido naquele beleza extasiaste.
Embora Artur não conseguisse falar com Madalena, observá-la todos os dias, ao fim de uns tempos começava a conhece-la, sabia quais as refeições que preferias e quais desgostava; as roupas que lhe ficavam melhor e as suas favoritas; enfim. Mas um dia, algo de novo aconteceu, Artur começou a repara que tinha competição, Miguel também se interessará por ela. Com o pretexto de explicação aproximou-se de mansinho de Madalena e agora andavam sempre juntinhos com brincadeiras de enamoramentos.
Pela primeira vez Artur experimentou o sabor amargo do ciúme. Era inevitável cada vez que Miguel passava por ele com aquele ar vitorioso contando aos amigos as sua aventuras mais intimas com Madalena, exibindo-as como trofeus. A temperatura corporal de Artur subia em pique! E rapidamente imaginava-se num duelo medieval com Miguel, cada um em seu cavalo, lutando por madalena. Artur ganhava sempre que Madalena esperava-o mais bela que nunca. Mas depressa Artur regressava à terra, e tentava a tudo o custo que toda esta história lhe passa-se ao lado, mesmo sendo praticamente impossível.
Passaram-se meses e embora não passasse por completo o ciúme de Artur tinha fases mais intensas e outras mais fracas. E mesmo quando arranjava novas amigas quase tão belas quanto Madalena, o ciúme já fazia parte dele.
Foram três anos difícies, mas neles Artur dolorosamente aprendeu a viver com este novo sentimento, o ciúme que lhe valeu de muito para o resto da sua vida.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Primeira História

Século 13. Algures num monte de terras nacionais, Lúcia, corre pelos campos. Ela tem 17 anos, já é quase uma senhora. Mas a inocência da sua aparência tira-lhe idade. A sua pele é lisa, e brilhante, faces rosadas e lábios claros como os olhos. Lúcia tem os cabelos longos castanho avelã e esvoaçavam com o vento do final da tarde. A menina, todas as tardes, ia para os campos das árvores de frutos colhe-los. O cenário era tão belo que por várias vezes a menina perdia as horas e deixava-se ficar entre a natureza até anoitecer. Estávamos na primavera, as flores começam a desabrochar, a relva é mais verde que nunca, os animais já familiarizados com a presença da jovem menina fazem-lhe companhia e a menina desfruta daqueles momentos, no seu refugio, para purificar a sua alma.

Foi numa destas tarde, que a menina conheceu Alfredo. Era um jovem cavaleiro que por aquelas terras passava com o seu exército. Partiam para Sul em conquista de terras aos Mouros. E, ao passarem por aquela aldeia decidiram ficar por lá 2 noites para descanso e reposição dos mantimentos.
Foi nessas duas noites e três dias que Lúcia e Alfredo viveram os momentos mais intensos das suas vidas em relação a uma mistura de amizade e amor, que nem eles próprios souberam distinguir.

Primeiro dia
Era meio da tarde, e Lúcia estava deitada na relva a fazer o que mais gostava ouvir os animais e cantar com eles, quando sentiu o chão tremer. Assustada, levantou-se e ao longe fui um exército a caminho da sua Terra. Rapidamente se aproximaram, e o barulho dos cascos dos cavalos ao embater no solo de terra seca ia aumentando cada vez mais. A rapariga seguidos com os olhos, estava estupefacta, nunca tinha visto tal coisa. E embora assustadora tinha a sua beleza, principalmente um cavalo, branco que se destacava de todos os outros pela sua beleza e velocidade.
Correu o mais rápido que pode até à aldeia, queria avisar toda a gente do que tinha visto. Mas quando lá chegou, eles também já lá estavam. Toda a aldeia os recebia com muita felicidade e até admiração. As senhoras traziam água, vinho e bolos. Os homens ofereciam-lhes tabaco e cumprimentavam-nos com vigor. Afastado de toda a esta agitação estava o mais novo de todos estes homens e o mais belo de todos os cavalos, o branco. A menina, sem pensar duas vezes aproximou-se deles e abordou o rapaz. Mal ele se virou ela pode constatar que o rapaz era tão belo quanto o cavalo. Um arrepio invadiu-lhe o corpo inteiro e o mundo inteiro parou durante esse meio segundo, em que os seus olhos se cruzaram com os deles. Facilmente a conversa animou, depois de uma pequena apresentação, ela era a Lúcia e ele o Alfredo, pouco mais precisavam de saber, ambos sentiam que já se conheciam à séculos e que se sentiam perfeitamente confortáveis um perto do outro.
Nessa mesma tarde ela mostrou-lhe o seu refugio. Apresentou-lhe as flores e os animais todos um por um. Alfredo, apesar de não ser muito interessado pela natureza foi contagiado pelo fascínio com que Lúcia falava de cada uma das flores e dos animais ou talvez pela beleza inocente que a rapariga tinha quando sorria e se libertava de tal forma. De qualquer maneira uma coisa era certa ela transbordava felicidade naquele lugar, e por mais estranho que fosse ele também.
Primeira noite
À hora do recolher despediram-se com um longo e apertado abraço e antes de adormecer rezaram pelo novo amigo.
Segundo dia
No dia seguinte, foi dia de ele lhe mostrar as maravilhas de cavalgar e lutar. Ensinou-a a montar e esgrimir. Passaram o dia inteiro juntos, com um sorriso na cara e os olhos brilhantes.
Segunda noite
Desta vez a despedida À hora do recolher não foi tão forte, porque ambos sabia que esta noite não ia ser tão longa, tinham combinado encontrar-se no refugio mal conseguissem escapar-lhe dos quartos.
E lá se encontraram, ela vestia uma leve camisa de dormir que lhe chegava até meio da perna, deixando-lhe a canela à mostra, era branca e um pouco transparente e, para ele, era impossível ela estar mais bela. Os longos cabelos brincavam com a brisa da noite e a camisa tentava acompanhá-los. Perdido neste transe abraçou-a, mas este abraço foi diferente, não foi como tantos outros. Ela também o sentiu, e estranhou porque era a primeira vez que sentia alguma coisa como aquilo. Aquele abraço tinha um novo amor que explodia no peito de ambos.
A lua observou-os lá do céu, e só quando ela se pôs é que eles voltaram para casa.
Terceiro dia
Ele nem dormiu, sabia que a alvorada era cedo, pois o exercito partia nessa mesma manhã. Embora cansado o rapaz ia sorridente e cheio de tantas outras coisas.
Menos sorridente estava a menina, que numa lamuria eterna chorava o seu novo e curto amor.

Passados uns longos 4 anos, o exercito voltava vencedor das suas conquistas e mais uma vez decidiram parar naquela aldeia.
Mais uma vez, ela foi a primeira a vê-los chegar. Desde a partida do seu amor que esperava ansiosa por aquele dia. O dia em que o seu amor voltaria vivo das suas conquista.
Surpresa a menina, que já não era tão menina e mais senhora, meio a rir meio a chorar correu para a aldeia. Mal o viu saltou-lhe para os braços num beijo veemente e um abraço forte. Rapidamente se apercebeu, que aquele beijo já não era o mesmo beijo. O rapaz tinha barba e os anos tinham-lhe deixado grandes marcas. Mas ignorou totalmente estes pensamentos supérfluos.
Mas, infelizmente nas primeiras conversas eles voltaram, desta vez em relação às conversas, à pessoa. Alfredo tinha passado por muitas coisas, por muitos sítios. E tudo isso o tinha marcado e alterado muito. Já não era o mesmo jovem, era agora um homem.
Não foi só Lúcia que estranhou Alfredo, a impressão foi mutua. Ambos estavam pessoas diferentes e já não eram as mesmas pessoas. Os momentos que passaram juntos foram muito importantes para ambos. Mas não passavam de recordações, agora cada um tinha seu destino e caminho a seguir.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Coimbra
Uma cidade. Uma cidade bonita. Mas, acima de tudo uma cidade recheada de segundos significados. Uma cidade cheia de amizades. Ó! Que senhoras amizades! Uma cidade em que nas esquinas se ouvem gargalhadas. Uma cidade.

Era sábado, dezoito de Novembro, passavam poucos minutos das nove da manhã e lá ia eu num combóio intercidades com destino a Porto - Campanhã e entre as suas paragens Coimbra - B, o meu destino. Aí, eu teria de fazer transbordo para Coimbra, onde passados cinco minutos, vi a Beatriz, a correr para os meus os meus braços com um sorriso de orelha a orelha! Abraçámo-nos , sorrimos, falámos e aproximamo-nos do André e de mais dois amigos.
(...)
Era domingo, dezanove de Novembro passavam alguns minutos das nove da noite, estava exausta deitada na minha cama, a relembrar o meu fim-de-semana. Por um lado, duvidava se tudo se tinha passado ou se teria sido um sonho. Por outro lado, agradecia ter realmente ter sido realidade.
No fundo, estava feliz!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Eu sou a Inês. Nasci na maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, à quinze anos, no dia doze de Maio de mil novecentos e noventa e um.
Sou baixa, meço um metro e cinquenta e dois centímetros. Peso um bocadinho de mais, quarenta e oito quilos. Calço o trinta e cinco, em alguns sapatos o trinta e seis. Visto o S em camisolas e o trinta e seis nas calças.
A minha roupa é normal, de acessórios apenas uso cachecóis/lenços, pulseiras e colares mas não me considero uma rapariga pirosa, nada mesmo!
Vejo mal, tenho estigmatizo e miopia, esta última não para de aumentar, por isso uso óculos, mas não gosto nada, por isso limito-me a usá-los nas aulas e depois do "lusco-fusco", que é a hora a que vejo pior.
Tenho cabelo volumoso e comprido, a sua cor natural é castanho mas já é a segunda vez que o pinto para um castanho mais vivo porque acho a cor natural um pouco "apagada". Uso-o sempre apanhado, porque não gosto de o ter solto. O corte é normal e tenho a franja escadeado.
Os meus olhos são pequenos e castanhos; o meu nariz arrebitado e um pouco batatudo na ponta; uso aparelho para corrigir os dentes tortos; tenho 3 furos nas orelhas: dois na direita e um na esquerda; a minha pele é branca e muito seca e as minhas unhas são grandes, deixei de as roer à mais ou menos um ano, coisa de que me orgulho muito!
Acho que fisicamente não há mais nada a dizer.
Passemos à parte psicológica:
Antes de mais, sou feliz!
Sou muito dorminhoca, e por vezes até preguiçosa em relação às coisas que não me interessam muito. Pelo contrário, quando gosto de uma coisa, empenho-me ao máximo para levar as minhas ideias até ao fim e bem feitas!
Gosto de aproveitar a vida ao máximo, mas nas situações que possam ter consequências menos boas para mim ou para os outros o meu lado racional leva a melhor.
Adoro observar o mundo do meu cantinho, como se de um filme se tratasse. Pensar como poderiam ser as coisas se não fossem como são; na sociedade em que vivemos; como poderia melhorar isto e aquilo em mim e no mundo e; especialmente, reflectir e fascinar-me sobre as relações entre as pessoas e mesmo com elas próprias pessoas.
Gosto de ler, o meu livro preferido até hoje é o "como água para chocolate" de Laura Esquivel. O livro retracta a vida de um família em que as receitas que a personagem principal cozinha, provocam reacções nos seus comensais, de acordo com o estado de espírito da personagem principal quando os prepara. Além de achar a ideia do livro formidável, amei as expressões usadas pela autora para descrever a alegria, paixão, tristeza e a raiva dos personagens.
Gosto de ouvir música, o meu gosto musical acenta-se em dois géneros: Música portuguesa como Jorge Palma, Sérgio Godinho, Rui Veloso, Clã, Toranja, David Fonseca; e Rock como The Strokes, Artick Monkeys, Block Party, Incubus. Mas, por vezes, ouço outros género para variar um pouco, como pop comercial e fado. Como dá para perceber, não sou muito fixa em relação a gostos musicais.
Adoro ver filmes, dramas. Mais em casa do que no cinema. Não sei eleger um filme preferido, gosto muito de vários.
Desporto não me fascina muito, excepto a ginástica de solo e dança, desde a clássica às latinas. Estas são duas das minhas grandes paixões, mas confesso que são muito mais físicas que práticas.
Não faço a mais pequena ideia de o que quero seguir, sinceramente estar em artes também não é uma certeza para mim. Mas gosto bastante de design e fotografia.
Considero-me simpática e boa amiga para as pessoas de quem gosto. Gosto de ouvir os outros, conversar e partilhar gargalhadas.
Mas, amigos, amigos verdadeiros. São esses que me conhecem bem. Mas, para chegar a esse estatuto é preciso algum tempo, porque não sou uma pessoa que se entregue com facilidade. É rara ou mesmo única a excepção.
Não digo que tenho poucos amigos verdadeiros, porque empenho-me para ter e até tenho alguns. Mas o que tenho poucos, e para estes uma mão chega, mas uma mão em cheia! São aqueles bons amigos pelos quais nos apaixonamos; que nos deslumbram; que nunca nos param de surpreender pela positiva e que nos transmitem e permitem uma confiança cega. É em relação a essas amizades que sou mais exigente, não me contento com qualquer pessoa, tem de ter o mínimo de interesse e ser altamente fascinante para mim. Uma pessoal com a qual possa partilhar experiências, ensinar-lhe coisas e aprender com ela também.
Por ser tão exigente com estes amigos, por vezes sou também ciumenta, mas um ciúme saudável, nada exagerado.
Muitos desses amigos, são pessoas com quem me tenho cruzado nas escolas por onde passei, mas não só. Também tenho bons amigos com os quais só passo férias e por isso, tento ao máximo matar saudades com uma visita a Coimbra sempre que posso.
Vivo em Lisboa, desde que nasci, no Areeiro, com a minha mãe, a minha irmã mais velha e com o meu pai.
Não tenho quaisquer animais de estimação, mas também não tenho pena de não os ter.
A minha cor preferida, é provavelmente o vermelho, mas também gosto muito de todas as outras cores.
E acabo assim o meu auto-retrato, não me lembrei de mais nada a dizer, acho que está bastante completo e sincero. Esta sou eu. A Inês.

terça-feira, novembro 14, 2006

Ontem vi um filme, Dirty Dancing 2. Não sei quem é o realizador e muito menos quem são os actores. Mas sei que despertou em mim um sentimento:

A paixão pela dança.

Nasceu comigo, e tem me acompanhado ao longo de toda a minha vida. Como tantas outras minhas paixões, esta não é diferente. Umas vezes está mais adormecida, outras mais que viva; é uma paixão mais visual do que prática, mas não nego um pequeno bailarico; e deixa-me num estado de espirito de transe leve e admiração brutal.
E foi este filme, que despertou esta minha paixão do seu sono, que já durava à uns bons meses.
O filme, é um romance entre um belo jovem cubano e uma rapariga americana, que entram num concurso de danças de salão latinas com objectivo de o rapaz arranjar dinheiro para a sua família.
Há uma cena no filme que eu gosto especialmente, em que a rapariga assiste a um bailado cubano na rua e fica completamente apaixonada por aquelas danças - pela paixão com que os corpos sentem a música.
Acho que gostei tanto desta cena, porque ela descreve o lado da dança que mais me fascina e fá-lo em muitas outras cenas, no fundo parte do filme apoia-se muito nas observações dela sobre a dança cubana.
A minha paixão não é só a dança cubana, porque esta paixão que admiro na dança, existe em qualquer uma, desde que se dance com gosto.
Admiro a coordenação entre o corpo e a música. Porque este corpo pode ser um só, ou vários num; e esta música pode ser dos mais variados estilos sem nunca perder o seu encanto.

Uma das minhas paixões é a dança, admiro a coordenação entre o corpo e a musica.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Rendi-me.
Estou espantada comigo mesma, pois nunca pensei que alguma vez me podesse apetecer tanto criar uma coisa destas, com vontade que durasse e que se transformasse num vício. Mas aconteceu, e só espero que essa minha vontade se realize e este post seja o primeiro de muitos mais e melhores.
A verdade, é que nem sei bem quando é que começou esta vontade, mas já dura uma semana e meia; nem tão pouco sei o porquê dela ter nascido, talvez de uma vontade extrema de libertar a minha cabeça destes pedaços de ideias, lembranças, obrigações, compromissos, de restos de coisas vividas.